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Converter a crítica numa vantagem

Foto do escritor: Ana VieiraAna Vieira

Quando falamos de crítica referimo-nos a apreciações, em princípio de boa-fé, em que somos alertados sobre as áreas profissionais onde deveríamos trabalhar mais ou ao subtil ataque pessoal, disfarçado de comentário construtivo. Ambas as observações podem ferir-nos, mas se temos paciência e capacidade de crescimento, daremos um passo mais à frente, não só seremos capazes de tolera-las, mas de tirar vantagens profissionais das mesmas.


A crítica é um facto da qual ninguém na vida laboral pode escapar. Não importa que seja bom secretário, que a sua competência, profissionalismo e reputação sejam impecáveis, tampouco importa quantos escalões da empresa tenha podido subir na sua carreira profissional, porque em certas ocasiões será igualmente criticado. Por isso, é imprescindível que seja capaz de escutar as críticas, da forma mais objetiva que lhe seja possível. A partir daí poderá tomar uma decisão sobre como atuar. Se a crítica for justa, admite-la, é muito melhor que contestar bruscamente. Permanecer em silêncio ou admiti-la só terá que desculpar-se por uma decisão ou uma ação inadequada. Mesmo assim, reconhecer um erro demonstra a vontade de aprender e de corrigir as suas ações.

Pergunte qual foi o erro, ou em que se enganou e pergunte ao “crítico” o que teria de fazer no seu lugar. Escute as sugestões que lhe possam interessar, porque se se tratar de uma crítica justa e válida é importante respeitar a sua opinião e a sua experiência. Não lhe favorece em nada considerar a crítica como um ataque pessoal às suas capacidades ou à sua maneira de ser. Tenha em conta que a crítica válida, poucas vezes é pessoal, só tem o objetivo de ajudar a melhorar.


O mais normal é que na vida laboral cometamos erros a qualquer nível, somos humanos, por isso deve entender que uma crítica não significa que esteja a fazer mal o seu trabalho ou que por um erro vá ser despedido. Por isso, é essencial que no momento de responder a uma crítica reaja com juízo e valor. Se responder com sarcasmo ou fugindo da situação sem querer falar com a pessoa, só conseguirá ganhar a antipatia dos seus supervisores ou do colega que teve a coragem de fazer-lhe essa observação. Além disso, dá a entender que não é capaz de assumir as suas próprias dificuldades nem está motivado para corrigi-las. Uma crítica justa, válida e construtiva, é a que se faz de boa-fé e se comunica em privado. Deve tratar-se de um assunto ou aspeto que se possa mudar, se este não é o caso e não está nas suas mãos poder mudar a situação, limite-se a dar uma explicação adequada e motivada sobre as suas ações, e verá como se neutraliza a crítica injusta.


Quando a crítica é severa e injusta, ou quando detetamos que o motivo real dessa observação é um ataque pessoal camuflado numa observação construtiva, deve perguntar-se qual é realmente o verdadeiro objetivo dessa crítica, se se trata de uma defesa ou de uma projeção de si pelo baixo rendimento laboral do mesmo crítico. O que consegue a pessoa que o critica: superioridade? Sente que é uma ameaça para o seu desenvolvimento laboral? Tenta obter poder no departamento? Tem necessidade de demostrar-lhe que é superior a si? Estas e muitas mais podem ser as necessidades ocultas que se escondem por trás de uma crítica injusta e não construtiva, por isso, se conseguir compreender, com a maior honestidade possível, o que é que há realmente por trás, poderá decidir como dar resposta a estas observações injustas. O melhor nestes casos é expor a sua inquietude perante estas situações incómodas e tratar o assunto em privado e com a maior transparência possível. Evite entrar em conflito, simplesmente tente comunicar com a maior transparência que lhe seja possível, e transmite ao seu crítico a intenção de querer resolver a situação da forma mais satisfatória para os dois.


Se a única intenção da crítica é ferir-lhe, avalie a influência que essa pessoa tem sobre si, e se lhe for possível simplesmente ignore essa crítica.

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